Sunday 8 September 2013

Semiedu é destacado como espaço de debate e trocas de saberes


Publicado em Notícias | 06/09/2013

“Quero elogiar não só os grupos que estão organizando este evento, mas também a Universidade e aos cidadãos de Mato Grosso, que se abrem e se animam a ouvir uma população que mesmo que não possua linguagem universitária, possui experiência, necessidade, um rito pela educação, o que é maravilhoso. Em lugar nenhum do Brasil você encontra isso.” Assim Jandir João Zanotelli, da Universidade Federal de Pelotas e membro permanente do Conselho de Reitores, que participa pela primeira vez por completo do Seminário de Educação (Semiedu), definiu o evento em coletiva de imprensa realizada hoje (06) no Centro Cultural da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Zanotelli, que já foi reitor da Universidade Federal de Pelotas, destacou ainda o papel das universidades como espaço de debates e de novas ideias. “A primeira universidade do mundo nasceu como um lugar onde toda a sociedade debatia seus problemas”. Segundo o professor, uma população que tem ânimo para criar uma universidade popular é uma população que tem garra, que quer lutar, quer ela própria unir e debater perspectivas de melhoria. Ao explicar que foi em Cuiabá que surgiu a primeira capital do ouro do Brasil, reiterou que quando a mesma se torna um lugar especial de debate da população merece o apoio de todos. “Não há melhor ouro que debater a educação, essa com certeza é a coisa mais preciosa de uma nação”.
Também na coletiva, o professor doutor Luiz Augusto Passos, coordenador do evento, reafirmou o Semiedu como uma troca de aprendizados e saberes entre pessoas de dentro e de fora da UFMT. “Essas discussões são responsabilidade da Universidade e da sociedade. São momentos de troca, de aprendizagem mútua”. Segundo o coordenador, participarão do evento pesquisadores e conferencistas de diversos países, buscando fortalecer os debates em termos mundiais.
O tema central do Semiedu2013, que está em sua vigésima primeira edição, é “Educação e (des)colonialidades das práticas, saberes e poderes”, voltado para a discussão da herança política, cultural e educacional colonizadora imposta aos países chamados periféricos pelos impérios colonialistas ao longo da histórica, com reflexos negativos na autodeterminação dos povos, das minorias e no seu desenvolvimento econômico, social e cultural. “A grande função do evento é que nos perguntemos o que estamos fazendo que ainda não nos livramos de nossos opressores. Precisamos entender como podemos nos tornar cidadãos, uma vez que não o somos totalmente caso não nos livremos deles.” Segundo Passos, o evento é uma conjugação daqueles que querem maior diálogo, mais justiça.
O evento, que já conta com mais de 2500 inscrições, acontecerá de 09 a 13 de setembro no campus de Cuiabá da UFMT , com conferências, palestras, mesas redondas, Grupos de Trabalho, além de diversos eventos paralelos, como o 2º Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países Lusófonos, o I Congresso de Pesquisadores/as Negros/as do Centro-Oeste (I Copene) e VII Jornada Desigualdades Raciais na Educação Brasileira e Rodas de Diálogo. Dentre os temas a serem debatidos ao longo da semana do evento estão práticas educacionais inovadoras e libertadoras, educação indígena, educação ambiental, desigualdades raciais e sociais na educação, dentre outros.
A programação cultural do evento inclui o lançamento de livros, exposições de artes plásticas e de cartuns com a temática ambiental e apresentações da Orquestra e Coral da UFMT e grupos musicais.
Veja a programação completa acessando o site do Semiedu2013.

Fonte: ufmt.br

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